Boa tarde, internautas!!!!! Antes de qualquer coisa, gostaríamos de agradecer pelo apoio de vocês. Para aqueles que ainda não sabem, saiu a parcial da its. Nosso blog está em terceiro colocado. Estamos nos esforçando para alcançarmos o primeiro lugar. Agradecemos seu apoio, pois são vocês que nos tornam vencedores.
Então, galera, esta última postagem requereu muita criatividade da nossa parte, bastante pesquisa, e aproveitamento de todo o tempo do prazo para fazer um trabalho bacana. A área escolhida pela equipe "O Pasquim" foi MEIO AMBIENTE. O SENAI enfoca a questão do tratamento de resíduos industriais e domiciliares. O tema é atual e relevante do ponto de vista social e educacional. A preservação ambiental é uma grande preocupação tanto dos governos quanto nosso. E o destino do lixo produzido nas cidades brasileiras é um problema que envolve a sociedade como um todo. Pois todos somos produtores de lixo, mas nem todos sabemos o que fazer com ele.
Na elaboração do projeto, levamos em consideração a criação de um produto que tivesse relevância social e ambiental. Antes de revelarmos nosso projeto, abordaremos algumas questões de extrema importância para a elaboração do produto pensado.
O brasileiro produz muito lixo?
O PROAONG - Programa Estadual de Apoio às ONG`s promoveu uma palestra com o jornalista Washington Novaes, sobre a situação do lixo no Brasil.O jornalista que foi secretário do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, enfrentou uma série de dificuldades para tentar implantar um sistema de coleta seletiva e reciclagem no município. Segundo ele, o Brasil produz de 125 a 130 mil toneladas/dia de lixo, resultando em 45 milhões de toneladas por ano. Estamos vivendo numa sociedade consumista que gera muito lixo. O Brasil, que concentra 3% da população mundial, é responsável por 6,5% da produção de lixo no mundo. Sendo que apenas 11% desse lixo vai para aterros adequados.
E o que fazer com esse lixo todo?
A produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta. Visando uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida das futuras gerações, torna-se necessário o desenvolvimento de uma consciência ambientalista. A reciclagem de materiais é muito importante, tanto para diminuir o acúmulo de dejetos, quanto para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos.Além disso, reciclar causa menos poluição ao ar, à água e ao solo. Um dos produtos mais poluentes e utilizados em grande escala é o plástico, mas é um dos menos utilizados na reciclagem.Apenas 15% do plástico usado é reciclado.
E quais as vantagens de reciclar o plástico?
Inúmeras são as vantagens da reciclagem do plástico. Uma das mais importantes se refere à economia de energia. A reciclagem gera uma economia de energia em torno de 90% em relação ao processo primário. Reduz consideravelmente o volume de lixo nos aterros sanitários. Gera economia de petróleo, principal matéria prima para produção de PET. O processo de reciclagem promove a geração de renda e empregos.
Existem vários tipos de plásticos. Aqui abordaremos o plástico do tipo PET (Polietileno tereftalato). É uma resina termoplástica, um material atóxico e totalmente inerte. Muito usado na fabricação de frascos e garrafas para uso alimentício ou hospitalar, cosméticos, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis, entre outros. É transparente, inquebrável e impermeável. Embora seja 100% reciclável, apenas 15% dos plásticos rígidos e filme são reciclados em média no Brasil, o que equivale a 200 mil toneladas por ano.O tempo de decomposição do PET ainda não foi estimado, mas considera-se que leve mais de 400 anos. Promove expressiva redução dos preços dos produtos que têm como base materiais reciclados.
Ok, ok, ok. E O PRODUTO???
Pensando na preservação do meio ambiente, elaboramos o projeto de um produto que se utiliza de matéria prima 100% reciclada.
“Placas de PET reciclável e
encaixáveis para a construção civil”
As placas de PET reciclável para construção civil serão moldadas por injeção, utilizando-se tecnologia já existente, apenas adaptando um molde que será elaborado a partir do desenho das placas. As peças tem dimensões 100cm de largura X 50cm de altura X 7,5cm de profundidade. As peças possuem encaixes nas laterais do tipo “macho” e “fêmea”, podendo ter reforço de fibra reciclável conforme a necessidade. Além de promover a redução no tempo de construção de uma obra, facilita muito a montagem. Podendo ser utilizado por pessoas leigas em termos de construção.
E como é que se produz essas placas?
O equipamento utilizado na moldagem por injeção é constituído por dois componentes principais:
- Unidade de injeção – recebe o plástico moído, onde é aquecimento e fundido. Através de um bico injetor, alimenta o molde.
- Unidade de fixação – abre e fecha o molde em cada ciclo de injeção, solidificando a placa.
(Clique em cima da imagem para visualizar melhor)
A moldagem por injeção é um dos métodos de processamento mais importantes, utilizado para dar forma aos materiais termoplásticos. É fácil de automatizar e reveste-se de grande importância econômica. Tem como vantagem, o fato das peças poderem ser produzidas de modo mais econômico, em grandes volumes e com poucas operações de acabamento. É um método de produção em massa. São produzidas por este processo peças com massas de 5g a 85 kg. Para dar forma a um material termoplástico este deve ser aquecido de forma a ser amaciado, adquirindo a consistência de um líquido, sendo designado nesta forma por polímero ou plástico fundido.
Legal, mas por que usar placas de PET reciclável na construção civil?
Tentando responder a essa pergunta lançamos mão de dois estudos sobre desperdício e reciclagem na construção civil.Ciliana Regina Colombo (Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSC) e Walter Antonio Bazzo (Doutor em Educação, prof. do departamento de Engenharia Mecânica da UFSC ) elaboraram um estudo sobre o desperdício na construção civil e a questão habitacional. Afirmam que a inovação tecnológica na Construção Civil no Brasil e em outros países é incipiente, de modo que o setor é com freqüência apontado como tecnologicamente atrasado. A construção civil no Brasil apresenta baixos índices de produtividade quando comparado a outros países mais desenvolvidos. Vários fatores influenciam a baixa produtividade sendo que um deles é o insuficiente desenvolvimento da indústria de materiais pré-fabricados. Essa deficiência leva a um consumo desnecessário de material resultando numa alta produção de resíduos, o que eleva o custo da obra.
Por outro lado, Paulo Antônio de Paiva (Bacharel em Ciências Contábeis) e Maisa de Souza Ribeiro (Profa. Dra de Contabilidade-USP) afirmam que a construção civil afeta o meio ambiente através da retirada da natureza de materiais não retornáveis, como areia, cal, ferro, alumínio, madeira, água potável. A construção civil é consumidora voraz de madeira e água. E tem como fornecedores os principais segmentos poluidores. Os pesquisadores alegam que todas as ações que tenham como objetivo permitir a reutilização de materiais e/ou produtos, de modo a estender seu ciclo de vida e diminuir os problemas da geração de resíduos ou de emissão de poluentes, são consideradas atividades de reciclagem.
Na prática, que objetivos esperam atingir?
- Baixar o custo final de qualquer obra;
- Diminuir o volume de lixo nos aterros sanitários;
- Contribuir para a preservação do meio ambiente. Uma vez que a utilização de material reciclável nas construções leva a economia de recursos naturais não renováveis;
- Possibilitar o aumento na produtividade nos canteiros de obras brasileiros, reduzindo o tempo de montagem de paredes e divisórias internas de obras;
- Auxiliar na redução de resíduos e poluentes gerados pelas construções tradicionais;
- Contribuir para a diminuição do déficit habitacional brasileiro produzindo casas de baixo custo, acessíveis à população de baixa renda.
E qual seria o público alvo?
Nosso público alvo seria as populações de baixa renda. Para tanto a idéia deve ser “vendida” em primeira mão aos governantes. Nosso produto ajudaria a amenizar dois problemas: o contingente de lixo que ninguém quer ver por perto e a proliferação de favelas, barracos e palafitas que também ninguém quer ter como vizinho.
Na elaboração desse projeto consideramos de grande importância abordar a questão do déficit habitacional brasileiro. Segundo fontes do site UOL, o déficit habitacional no país é de 8 millhões de moradias. A falta corresponde a 14,5% dos domicílios do país. Esses dados de 2006 são resultado de uma pesquisa da Fundação João Pinheiro realizada pelo IBGE (Instituto Brasilerio de Geografia e Estatística), de acordo com o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios). E são referendados pelo Ministério das Cidades. O levantamento revela que a 90% das famílias que demandam uma nova moradia têm renda média mensal de até três salários mínimos. Considerando famílias da faixa de renda entre três e cinco salários mínimos, o grupo representa quase a totalidade do déficit habitacional do país nas áreas urbanas.
Continuação do projeto
Nos empolgamos muito com este projeto, e pensando nesta possibilidade destacamos algumas sugestões para a continuação, e quem sabe, realizaçãodo projeto.
- Verificação do público alvo;
- Análise das vantagens e desvantagens do produto para ter argumentos na hora da venda;
- Análise da adequação social e ambiental do produto;
- Verificação do consumo de energia, a água e recursos minerais no processo de produção;
- Análise dos pontos de vendas, diretas (corpo-a-corpo), venda no atacado, varejo ou por consignação;
- Análise do custo total de fabricação do produto;
- Tempo necessário para produção de cada unidade;
- Tecnologia e capacitação.É importante saber quais tipos de treinamentos os profissionais terão que ter;
- O custo dos equipamentos, utensílios e matéria prima;
- Definir armazenamento para a produção.
Entrevista com Marcelo Antônio
Realizamos uma super entrevista com Marcelo Antônio Pierri Junior, Ex-Diretor de Marketing do Projeto Mini-Empresa da Junior Achivement, sobre como escolher um produto.
Faça o donwload em: http://www.4shared.com/file/148513616/ffd60be5/DEPOIMENTO.html
Agradecimentos
A elaboração deste projeto não teria sido possível sem a preciosa colaboração de:
- Marina Martins Leal - Estudante de Engenharia Mecânica da UDESC.
- Cesar Edil da Costa - Professor e coordenador dos laboratórios de mestrado em ciências dos materiais da UDESC.
- Sérgio Henrique Pezzin - Técnico em Química pela escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado (1985); Bacharel e licenciado em Química pela UNICAMP (1998). Mestre em Química pela UNICAMP (1993) e doutor em Ciências (Físico-Química) pela UNICAMP (1998). Realizou estágio de pós-doutoramento no GKSS Forschungszentrum Geesthacht GmbH, Alemanha (2007). É Professor da UDESC. desde 1997 (atualmente Professor Associado nível 5). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da UDESC (2003-2006). Tem experiência na área de Química e Ciência de Materiais, com ênfase em Polímeros e Colóides, atuando principalmente nos seguintes temas: compósitos de matriz polimérica, blendas poliméricas e polímeros biodegradáveis. Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq-Nível 2.








